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05 formas de como se autoconhecer: Autoconsciência e Autoconhecimento

Desde o antigo aforismo grego: “conhece-te a ti mesmo” até a psicologia ocidental, o tema da autoconsciência sempre foi um intrigante tema de investigação de filósofos e psicólogos durante o último século. Neste artigo abordarei alguns conceitos de autoconhecimento e autoconsciência e abordarei 05 formas de como se auto conhecer.

Então, o que exatamente é a autoconsciência?

O estudo psicológico da autoconsciência remonta a 1972, quando os psicólogos Shelley Duval e Robert Wicklund desenvolveram a teoria da autoconsciência.

Eles propuseram isso:

“quando focalizamos nossa atenção em nós mesmos, avaliamos e comparamos nosso comportamento atual com as nossas normas e valores internos. Tornamo-nos autoconscientes como avaliadores objetivos de nós mesmos”.

Em essência, consideram a autoconsciência como um mecanismo importante de auto-controle.

O psicólogo Daniel Goleman, propôs uma definição mais popular da autoconsciência em seu best-seller “Inteligência Emocional”, como “conhecer os estados internos, as preferências, os recursos e as intuições”.

Esta definição coloca mais ênfase na habilidade de monitorar nosso mundo interior, os nossos pensamentos e emoções à medida que surgem.

Na minha opinião, é importante reconhecer que a autoconsciência não é só o que notamos sobre nós mesmos, mas também de como percebemos e controlamos nosso mundo interior.

Além disso, a autoconsciência vai além da mera acumulação de autoconhecimento sobre nós mesmos. Também trata-se de prestar atenção ao nosso estado interior com uma mente de principiante e um coração aberto. Nossa mente é extremamente útil para armazenar informações sobre como reagimos diante de algum evento, planejando sozinha nossa vida emocional. Muitas vezes a mente acaba nos condicionando a reagir de determinada maneira quando nos deparamos com um evento semelhante no futuro. O autoconhecimento nos permite estar ciente desses condicionamentos e preconceitos da mente, que podem formar a base para libertar a mente, tornando-nos autoconscientes.

Por que é importante o autoconhecimento?

A autoconsciência é a pedra angular da inteligência emocional, segundo Daniel Goleman. A capacidade de monitorar nossas emoções e pensamentos de um momento para o outro é fundamental para conhecermos melhor a nós mesmos, de estar em paz com quem somos e gerenciar proativamente os nossos pensamentos, emoções e comportamentos.

Além disso, as pessoas conscientes de si mesmas tendem a agir conscientemente, em vez de reagir passivamente, para ter uma boa saúde psicológica e a ter uma visão positiva da vida. Também têm uma maior profundidade de experiência de vida e são mais propensos a ser mais compassivos consigo mesmos e com os outros.

Então, se o autoconhecimento é tão importante, por que não somos mais autoconscientes?

Bom, a resposta mais óbvia é que a maioria das vezes, simplesmente “não estamos lá” para observar a nós mesmos. Em outras palavras, não estamos lá para prestar atenção ao que está acontecendo dentro ou ao redor de nós.

Os psicólogos Matthew Killingsworth e Daniel T. Gilbert descobriram que quase metade das vezes operamos com “piloto automático” ou inconsciente do que estamos fazendo ou de como nos sentimos, à medida que nossa mente se desloca para outro lugar que não seja aqui e agora.

Além da constante preguiça mental, os diversos vieses cognitivos também podem afetar nossa capacidade de ter uma compreensão mais precisa de nós mesmos.

Além disso, a falta de vontade para procurar feedback também pode nos prejudicar se queremos ter uma visão mais holística de nós mesmos através dos olhos dos outros.

O que complica ainda mais a imagem são os diferentes aspectos do eu com os que nos relacionamos na vida diária. Em sua palestra TED, de Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel por sua contribuição para a ciência do comportamento, falou sobre a diferença entre o eu que se experimenta e o eu que recorda, e como pode afetar nossa tomada de decisões.

Explica como nos sentimos sobre a experiência no momento e como lembramos sobre a experiência, podendo ser muito diferente e compartilhar apenas 50% de correlação. E esta diferença pode ter um impacto significativo sobre a história que nós contamos a nós mesmos, a maneira em que nos relacionamos com nós mesmos e com os outros, e a decisões que tomamos, embora a maior parte do tempo não nos damos conta da diferença.

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5 maneiras de cultivar o autoconhecimento

Crie um pouco de espaço para você:

Quando você está em um quarto escuro, sem janelas, é muito difícil ver as coisas claramente. O espaço que você cria para si mesmo é essa rachadura na parede que deixa passar a luz. Deixe um pouco de espaço e tempo todos os dias – talvez a primeira hora da manhã ou meia hora antes de dormir. Fique longe das distrações digitais e passe algum tempo com você mesmo, lendo, escrevendo, aprenda a meditar e se conecte com você mesmo.

Pratique a atenção plena:

A atenção plena é a chave para o autoconhecimento. Jon Kabat-Zinn define a atenção plena como “prestar atenção de uma forma particular, a propósito, no momento presente, sem julgar”. Através da prática da atenção plena, você estará mais presente com você mesmo para que você possa “estar lá” para observar o que está acontecendo dentro e ao redor de ti. Não se trata de sentar com as pernas cruzadas ou suprimir os seus pensamentos. Trata-se de prestar atenção ao seu estado interior. Você pode praticar a atenção plena a qualquer momento que quiser, ouvindo atentamente, comendo atentamente, etc.

Mantenha um diário:

Escrever não apenas nos ajuda a processar os nossos pensamentos, mas também nos faz sentir ligados e em paz com nós mesmos. Escrever também pode libera mais espaço na cabeça à medida que você deixa que seus pensamentos fluam sobre o papel. As pesquisas mostram que escrever as coisas pelas quais somos gratos, ou até mesmo as coisas com as quais estamos lutando ajuda a aumentar a felicidade e a satisfação. Você também pode usar o diário para registrar o seu estado interno. Tente isso em casa – escolha um dia na semana, preste muita atenção ao seu mundo interior – o que está sentindo, o que está dizendo a si mesmo, e tome nota de tudo o que observa a cada hora. Você ficará surpreso com o que escreve!

Pratique ser um bom ouvinte:

Escutar não é o mesmo que ouvir. Ouvir é estar presente e prestar atenção às emoções, o movimento corporal e a linguagem de outras pessoas. Trata-se de mostrar empatia e compreensão, sem avaliar ou julgar constantemente. Quando você se tornar um bom ouvinte, também ouvirá melhor a sua própria voz interior e você se tornará o melhor amigo de si mesmo.

Obtenha diferentes perspectivas:

Peça feedback. Às vezes, podemos ter muito medo de perguntar o que pensam os outros de nós – sim, às vezes, o feedback pode ser parcial ou mesmo desonesto, mas você será capaz de diferenciá-los de um feedback real, genuína e equilibrada à medida que aprende mais sobre si mesmo e os outros. As investigações demonstraram que o feedback de 360 graus no local de trabalho é uma ferramenta útil para melhorar a autoconsciência dos gerentes. Todos nós temos pontos cegos, assim, é útil ter uma perspectiva diferente para ver uma imagem mais completa de nós mesmos.

A autoconsciência, como é um tema rico e complicado. Como seres humanos, pode ser que nunca iremos nos compreender plenamente. Mas, talvez, é a viagem de explorar, compreender e chegar a ser nós mesmos, o que faz com que valha a pena viver a vida.

Eu gostaria de saber de você. Você diria que você é uma pessoa consciente de si mesma? Como vê o papel da autoconsciência em sua vida profissional e pessoal? Por favor, deixe um comentário abaixo para compartilhar seus pensamentos.

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