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Psicofobia: O que é

Existem — infelizmente — diversos tipos de preconceito, mas quando pensamos nesse tema os primeiros que surgem na nossa mente são o racial, o religioso e o sexual. Você sabia que também existe preconceito contra pessoas com transtornos mentais? O nome dado a ele é psicofobia.

Mas como é possível ter esse tipo de preconceito quando vivemos em uma sociedade em que cada vez mais pessoas são diagnosticadas com alguma doença psicológica?

Para saber mais sobre esse tema, o que ele engloba e como resolver, continue lendo este post que iremos lhe explicar.

O que é psicofobia

A psicofobia é o preconceito contra pessoas que possuem algum transtorno mental. Nessa lista podemos citar desde depressão, bipolaridade, ansiedade até esquizofrenia, demência e muitos, muitos outros.

Entretanto, a realidade é que cada vez mais pessoas são atingidas por alguma dessas doenças. Para se ter uma ideia desse quadro, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais casos de depressão da América Latina, atingindo 11,5 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 5,8% da população.

Já para os casos de pessoas diagnosticadas com algum distúrbio de ansiedade, esse número passa para 18,6 milhões, o que representa 9,3% dos brasileiros.

Se considerarmos todos os outros transtornos mentais, fica até difícil acreditar que haja alguém que não tenha um colega ou familiar que não possua nenhuma dessas patologias. Pensando assim, por que desenvolver um preconceito com pessoas nessa situação?

Manifestações de psicofobia

O preconceito acontece todos os dias, e com a psicofobia não é diferente. Para ficar mais claro como ela se manifesta, vamos dar alguns exemplos:

Buscando uma vaga de emprego

Imagine uma pessoa com transtorno de ansiedade e bipolaridade que está disputando uma vaga em uma empresa.

Tudo transcorre perfeitamente, ela é a mais qualificada para o cargo, tem a experiência e a formação necessária. Enfim, a candidata ideal. Durante o exame médico ela informa sua condição e, misteriosamente, dias depois recebe a notícia de que não será mais admitida.

O funcionário desprezado

Agora vamos pensar no caso de uma pessoa que já está trabalhando. Ela tem um bom tempo como funcionária da empresa, sempre prestou um excelente serviço, mas por outros motivos passou a ter ataques de pânico.

Seus colegas de trabalho passaram a evitá-la, não a convidam mais para happy hours e afins, e seu chefe deixa de oferecer novas responsabilidades. Por outro lado também cria obstáculos para que ela se ausente para idas ao psicólogo.

Familiares omissos

Outro exemplo é um familiar — pai, mãe ou responsável — que, mesmo com o diagnóstico confirmado de um transtorno mental em seu filho, se recusa a levá-lo para acompanhamento psicológico por achar que “é coisa de louco”, “ele não precisa disso”, “com o tempo passa”.

Deixa isso para lá

Dizer para alguém com doença psicológica que ela precisa se esforçar mais, que tudo não passa de frescura, que basta ela querer, ou excluí-la da convivência com outras pessoas, são somente mais alguns exemplos de manifestações de psicofobia.

De modo geral o ser humano tende a repelir aquilo que é diferente. Se deparar com uma pessoa com transtorno mental, especialmente em situações de crise, também é um fator desencadeante da psicofobia.

Como dissemos no começo, o número de pessoas com transtornos mentais só aumenta, o que torna difícil crer que haja alguém 100% livre dessa condição. Então, como julgar as pessoas com esses problemas, considerando-as incapazes de produzir, serem úteis, ou de exercerem suas funções?

Todo e qualquer preconceito, nada agrega na vida de quem o manifesta, nem na vida de quem é a vítima dele. Essa postura não ajuda na cura, no controle da doença, muito menos traz benefícios à vida de alguém. Muito pelo contrário!

Por isso, se você tem algum problema de origem psicológica, procure a ajuda de um psicólogo para lhe orientar e auxiliar nessa caminhada. Não permita que a falta de conhecimento de outros atrapalhe seu processo de cura/tratamento.