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Depressão e exercício estão relacionados?

Pergunte a qualquer um que já tenha se sentido melhor depois de um treino, e eles lhe dirão que exercício e saúde mental estão relacionados. A sensação de bem estar e motivação dominam o seu corpo, independente de qual execício esteja fazendo. A ciência reforça essa sensação. Muitos estudos descobriram que a atividade física está ligada a um menor risco de desenvolver depressão e melhores resultados para as pessoas que as têm.

Depressão x Exercício

O exercício não é uma cura para problemas de saúde mental, muito menos para quem tem a depressão. Porém, praticar exercícios podem fazer a diferença. Fazer atividades físicas inicia uma cascata de eventos biológicos que resultam em muitos benefícios à saúde, como proteção contra doenças cardíacas e diabetes, melhora do sono e redução da pressão arterial. O exercício de alta intensidade libera as substâncias químicas do corpo que se são chamadas de endorfinas, resultando uma melhor disposição.

O valor real está no exercício de baixa intensidade sustentado ao longo do tempo e a sua constância ao praticá-lo . Exercício não só aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, como libera endorfinas, o próprio antidepressivo natural do corpo. Também libera outros neurotransmissores, como a serotonina, que elevam o humor.

O antidepressivo que trata a depressão se chama sertralina, Um ISRS (inibidor seletivo da recaptação de serotonina), acredita-se que praticando exercícios seu corpo libere e exerça seus efeitos, aumentado a quantidade de serotonina no cérebro, uma substância química que é reduzida durante estados mentais deprimidos.

Os exercícios estimulam também a liberação de proteínas chamadas de fatores neurotróficos ou de crescimento, que fazem com que as células nervosas cresçam e façam novas conexões. Estas conexões da função cerebral faz você se sentir muito melhor. Em pessoas que estão deprimidas, os neurocientistas notaram que o hipocampo no cérebro – a região que ajuda a regular o humor – é menor. O exercício apóia o crescimento de células nervosas no hipocampo, ajudando por sua vez sua autoestima.

De um modo geral, manter-se ativo pode:

  • Ajudar a melhorar o humor através da melhoria da forma física,
  • melhora os padrões de sono,
  • aumentar os níveis de energia,
  • auxilia a bloquear pensamentos negativos ou distrair as pessoas das preocupações diárias,
  • ajudar as pessoas a sentirem-se menos sozinhas se exercitarem com os outros.

O desafio de começar

A depressão se manifesta fisicamente, causando distúrbios do sono, redução de energia, alterações no apetite, dores no corpo e aumento da percepção da dor, o que pode resultar em menos motivação para o exercício. É um ciclo difícil de quebrar, um grande desafio, porém levantando e se mexendo um pouquinho já ajudará. Comece com cinco minutos por dia de caminhada ou qualquer atividade que você goste. Em breve, cinco minutos de atividade serão 10 e 10 serão 15.

O que você pode fazer

Não está claro ainda para os cientistas por quanto tempo você precisa se exercitar ou com que intensidade, para que a melhora das células nervosas comece a aliviar os sintomas da depressão. Você deve começar a se sentir melhor algumas semanas depois de começar a se exercitar. Mas este é um tratamento de longo prazo, não uma correção única. Escolha algo que você possa sustentar com o tempo, a chave é tornar um exercício que você gosta e querer continuar fazendo.

Sabemos que um cérebro que trabalha é um cérebro mais inteligente – provavelmente um cérebro mais esperançoso e motivado também.